sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Expedição Dê-éFe (edição III - 2018 - Fase III - Parte III) Ciclo Viagem Gama DF a Caldas Novas GO



Em construção


Ciclo viagem 
Gama DF a Caldas Novas GO
Em estradas de chão batido
271 km - 3 dias -6782018 


Expedicionários

Náufrago 171


Raphael Machado


"È Nóis, Irmauns"



Bicicletas





Bommmm!!!

AQUI NESSE REGISTRO TEREMOS 3K DE PROSA E 10K DE LEITURA, E IMAGENS 

(é uma aventura hiper legal, bem assim, tem-se informações importantes para quem quiser se aventurar)....




Do PROJETO

Como a Expedição Dê-éFe engloba na Fase III ("Cidades e Povoados históricos, Quilombo, Parques Ecológicos e Rotas com Cachoeiras") desde 2016, tem-se o projeto em trilhar por caminhos de terra batida, saindo de algum ponto do Distrito Federal a cidade de Caldas Novas de Goiás e outras.




Da EXPEDIÇÃO Dê-éFe

Proporcionar a Aventureiros ou a Aventureiras pedalantes informações para aventurarem nos limítrofes do Distrito Federal, bem assim, conhecer ponto e edificações da história da capital do Brasil, cidades históricas a uma margem de 3 dígitos (entre 100km a 300km) dos limites do DF, Rotas de Cachoeiras e Caminhos da Fé...

Link da expedição:

http://nicttu.blogspot.com.br/2016/12/expedicao-de-efe-2016.html






Do INTERESSE

Por que ir a cidade de Caldas Novas de Goiás?


Das CIDADES I

CALDAS NOVAS GOIÁS

A cidade tem 296 anos e é conhecida por ser “a maior estância hidrotermal do mundo”, possuindo águas que brotam do chão em temperaturas que variam de 43° a 70°. A principal fonte de renda do município é o turismo e o ecoturismo, vez que a cidade encontra-se às margens do lago da represa de Corumbá e ao lado da Serra de Caldas.

A história conta que em 1722, época do descobrimento das águas termais de Caldas Novas, o governo português, ávido pelas riquezas minerais da colônia, teve a exploração ao passar dos anos, foi considerada a primeira capital de Goiás, com a denominação de Caldas Novas de Santa Cruz.

Finalmente, na parte oriental da Serra de Caldas, as fontes termais de Caldas Novas viraram história com lances de lenda, coragem e perseverança. Conta-se que Martinho Coelho de Siqueira, numa de suas conhecidas caçadas de animais silvestres, sentiu de perto a agonia dos seus cães.
Em desabalada carreira eles passaram á sua frente como que atiçado por um fogo desconhecido, sendo descoberta a Lagoa Quente do Pirapitinga.

Nascia aí à primeira história das águas quentes de Caldas Novas, história de um arraial que virou cidade. E hoje é a capital mundial das águas quentes.

A Vila que já começava a virar cidade a partir de 1900. A autonomia política, concedida a Caldas Novas, deu-se graças à solicitação destes à sede de Morrinhos.
Em 21 de outubro de 1911, foi criada a primeira intendência, desde então, nesta data se comemora o aniversário de Caldas Novas.


Do CONVITE

Então,

Eu (Expedicionário Náufrago 171) vagueava na cidade do Gama do Distrito Federal em meados de novembro de 2017, quando fui abordado em um bate-papo sobre ir pedalando do Distrito Federal a cidade de Caldas Novas Goiás, de imediato, falei do meu projeto e da trilha por chão batido (trajeto ainda com partes – 50% - não explorados por ciclo viajantes), falei que talvez parte da trilha pudesse está intransitável...





O Jovem ciclista Raphael Machado, sem experiência com ciclo viagem e com apenas um pedal de 3 dígit104km) com pouco tempo para treinar e perdendo peso a procura de um bem estar físico e estético profissional mostrou-se encorajado para esse desafio...





O ciclista (convidado especial) José Carlos Magalhães, depois de alguns treinos veio a infeccionar o ouvido e já próximo às vésperas da partida, usou o bom senso e protocolou sua ida...




Da DATA

Marcamos a ciclo viagem para ser realizada nos dias 6, 7 e 8 de janeiro de 2018...




Da REUNIÃO de ESTUDO da TRILHA

Realizamos uma reunião para mesmo virtual estudar a trilha, ver as possibilidades de apoio local ou não, nos organizarmos quanto ao que levarmos, como: material de cozinha, alimentos, água, abrigo, manutenção da bicicleta e eletrônicos (GPS e dispositivos para registros de imagens).

Bom, por não conhecermos o percurso nem termos a noção quanto à altimetria, vimos que entre os km 55 aos km 203 não passaríamos por cidades, povoados ou algum ponto com concentração de casas, vimos nos estudos que precisaríamos acampar no primeiro dia se possível em uma estação de trem abandonada no km 145.

Então, como a trilha de 271km (pelo plano “A”) teria 150km de trecho desconhecidos nem trilhado por outros ciclistas, resolvemos realizar a trilha em 3 dias, sendo no primeiro dia 145km, no segundo, 82km e no terceiro, 71km...

Claro... montamos os planos “B” e “C”. pois paralelamente entre 15km a 30km teríamos como prosseguir caso nos deparássemos com algum empecilho natural ou de algum proprietário de fazenda ou por problemas de saúde de algum dos participantes...




Do PREPARO

Dias próximos da partida e na saída:
Fiz uma revisão geral da bicicleta e comecei com os pendurados:



Para dormir: rede, lona, saco de dormir, cordas;



Para cozinhar: panela, copo, prato, talheres, moca do café, fogão, botijão;


Para alimentar e hidratar: miojo, atum, pão, sopa, frango assado, ovos cozidos, açúcar, café, azeitona, doces, isotônicos e água (MMMAAAIIIS CLORIN - pastilha para tratar a água);



Para as roupas: calça e camisa (segunda pele), uma calça, uma camisa de algodão, uma capa de chuva, uma roupa íntima, um par de chinelos (mais toda indumentária do ciclista, que foi usada a mesma nos 3 dias: camisa de manga longa, calça, lençol (badana) e meias);



Para higienização e proteções do sol e contra mosquitos: papel umedecido, sabonete, creme dental, escova, protetor solar e repelente;



Para os eletrônicos: baterias sobresselentes, carregadores e fios de conexão adequados a cada aparelho;




Para a bicicleta: 2 câmaras de ar, remendos, bomba, kit ferramentas com faca e alicate, gancheira reserva, pastilha de freio reserva, cabos reservas, espaltas, abraçadeiras plásticas, fita adesiva, cola super band, lubrificante da corrente, lanternas com baterias, gps com baterias sobresselentes, sacos tanques e bolsas porta trecos;




Para equipamentos de segurança do Ciclo viajante: capacete, óculos, luvas, tênis com clipador;



Para Primeiros socorros: faixa de atadura, remédios para febre, mal-estar, dores em geral e pomada para ASSADURAS ou prevenção.






Dos APOIOS

Ciclo viagem SEM APOIO PRESENCIAL PARA O PLANO “A” – durante o percurso;

Ciclo viagem COM APOIO PARA O PLANO “B” – resgate em caso de emergência no 1º e no 2ºdias;

Apoio no plano "C" - Deus e o psicológico.
(O SER HUMANO QUANDO PENSA QUE JÁ ESTAR ESGOTADO, ELE AINDA TEM 70% DE SUA CAPACIDADE)...

Ciclo viagem COM APOIO PARA O PLANO “D” – resgate na conclusão da viagem;







Da PARTIDA

Dia 6 de janeiro de 2018

O Dia “D” chegou.... “...vamUs que vamUs...”







PRIMEIRO DIA


Em 6 de janeiro de 2018, às 2h30, Eu e Raphael acordamos e iniciamos nossos preparativos para iniciar a jornada da Ciclo viagem Gama DF a Caldas Novas GO - 2018 (em estradas de chão batido). Nesse horário, Deus abençoou a Terra com uma forte chuva. Depois de um café reforçado, fizemos uma oração a Deus e às 4h6, partimos da cidade do Gama DF sobre fracos chuviscos, com menos de 2km, já estávamos pedalando em estrada de chão...





Das CIDADES II

GAMA DF

Em agosto de 1746, o bandeirante Antônio Bueno de Azevedo saiu de Paracatu, em Minas Gerais, chefiando uma grande tropa rumo ao noroeste. Depois de ter atravessado chapadas, rios, veredas e ribeirões, chegou, no dia 13 de dezembro, num riacho em cujas areias descobriu ouro.

A decisão foi de fundar ali um povoado, o qual recebeu o nome de Santa Luzia, em homenagem à santa do dia. O riacho ficou conhecido como Rio Vermelho, já que tinha suas águas sempre barrentas por causa da lavagem do ouro. O povoado de Santa Luzia se transformou no que é a atual cidade de Luziânia, em Goiás.

No começo de 1747, chegou, a Santa Luzia, o primeiro sacerdote, a pedido do próprio Bueno: o padre Luís da Gama Mendonça. Supõe-se que, em homenagem ao padre, foi dado o nome "Gama" ao platô e ao ribeirão. As terras que atualmente constituem a região administrativa do Gama, pertenciam às fazendas do Ipê, Alagado da Suzana, Ponte Alta e Gama.

Com a transferência da capital do Brasil para o interior do país, as terras dessas quatro fazendas foram desapropriadas pelo Governo de Goiás, no período de 1956 a 1958, sob-responsabilidade da Comissão Goiana de Cooperação para a Mudança da Capital do Brasil, tendo, por presidente, Altamiro de Moura Pacheco.

A sede da Fazenda Gama ficava próxima ao local onde atualmente está o Catetinho (primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek), porém a cidade veio a ser instalada a oito quilômetros deste ponto de referência. O então presidente da república Juscelino Kubitschek visitou a Fazenda Gama em 02 de outubro de 1956, na ocasião de sua primeira visita à região onde seria construída a futura capital federal.
O arquiteto Paulo Hungria, em maio de 1960, desenvolveu a planta urbanística da cidade, na forma de colmeia, dividindo-a em cinco setores: Norte, Sul, Leste, Oeste e Central.


Do PROSSEGUIMENTO da CICLO VIAGEM







Quando o dia amanheceu, já tínhamos alcançados 33km e estávamos a 6km da cidade de Luziânia GO... O sol não conseguiu atravessa as fortes nuvens negras, mas sabíamos que ele já estava acordado...





No km 39, alcançamos o perímetro urbano da cidade de Luziânia, circulamos pelos limítrofes urbano e semi rural da cidade e logo estávamos na área rural...


Entre os km 45 a 51, encontramos com mais de 2 dezenas de ciclistas pedalando e passamos esse trecho juntos...



No km 50 passamos em frente a porteira da Fazendinha JK


Fazendinha JK

Uma relíquia da história e da arquitetura nacional. Última moradia do ex-presidente Juscelino Kubitschek, morto em 1976 em um acidente automobilístico, O imóvel conserva todos os móveis, artigos pessoais e itens de decoração de quando a família do político vendeu a propriedade, em 1984, a um ex-deputado paranaense, aliado dele. Além disso, localizada em Luziânia, distante 13km do centro da cidade goiana e a 60km de Brasília, 

a residência é a única obra de Oscar Niemeyer na zona rural.

Juscelino comprou o imóvel em 1972, após ter o mandato cassado pela ditadura militar e de ser proibido de entrar em Brasília. Queria um lugar onde pudesse passar os dias, reunir os amigos e, de lá, ao entardecer, ver as luzes da capital que ergueu no Planalto Central. Encantou-se com a Fazenda Santo Antônio da Boa Vista. Decidiu comprá-la e a apelidou de fazendinha. Virou a Fazendinha JK. Ali, ele se tornou produtor rural. Usou modernas práticas de irrigação. Plantou soja, arroz, café, eucalipto, na intenção de provar que o solo do cerrado era fértil.
Quando JK adquiriu a propriedade, ela tinha 310 alqueires e nenhuma moradia. O casarão só seria inaugurado em 12 de setembro de 1974. No quintal, o ex-presidente costumava reunir os amigos para almoçar ao redor de uma mesa de pedra. Na sala de jogos e na discoteca, Juscelino organizava festas regadas a pinga e embaladas por violeiros. A mesa de pôquer, com 11 cadeiras, continua intacta. As prateleiras são enfeitadas por presentes, como uma porcelana japonesa e uma licoeira com os traços do Palácio do Alvorada.

Com janelas grandes, o casarão parece uma antiga casa de fazenda mineira, mas com características modernas de Niemeyer. “Como Juscelino havia sido cassado pela ditadura e não tinha dinheiro algum, ela foi construída com doações de amigos. Por isso, é feita de materiais baratos, como o piso de ardósia da varanda. No entanto, a pedido de Niemeyer, a ardósia foi colocada como uma obra de arte, um jogral”, ressalta uma das administradoras da propriedade, Rosana de Queiroz Servo, 48 anos. 


As grossas paredes de concreto também receberam um tratamento artístico. Com uma intervenção em baixo-relevo, ela ficou parecendo ser feita de tijolo. Todo o exterior é pintado nas cores branca e azul.



Do PROSSEGUIMENTO da CICLO VIAGEM




No km 56, chegamos ao Bar do Manelão, ali reabastecemos com água e alimentamos com as glossemas ali oferecidas... logo partimos...


Das CIDADES III

LUZIÂNIA GO

Luziânia é um município brasileiro do estado de Goiás. É o quinto município mais populoso do estado, No entanto, é pertencente também a região do entorno do Distrito Federal, em razão de sua proximidade com a capital federal (58 km). É o município mais populoso da região do entorno do Distrito Federal e o mais populoso de todo o leste do estado, é uma das cidades mais antigas de Goiás, fundada em 13 de dezembro de 1746, situa-se ao sul de Brasília,

Descoberta de ouro e o povoado de “Santa Luzia à procura de novas minas de ouro, o bandeirante paulista Antônio Bueno de Azevedo partiu de Paracatu”. seguindo para noroeste até se aproximar do Rio São Bartolomeu. Em 13 de dezembro de 1746, enquanto descansava sentado às margens de um córrego, notou que no leito do rio havia pepitas de ouro. No dia seguinte ergueu festivamente um cruzeiro e dedicou às minas e o futuro povoado a Santa Luzia. As minas atraíram tanta gente que em menos de um ano o arraial contava com mais de 10.000 pessoas.

A primeira missa foi celebrada em 1746, pelo padre Luiz da Gama Mendonça e assistida por mais de 6.000 garimpeiros. Elevada à categoria de Comarca Eclesiástica em 6 de dezembro de 1758, seu primeiro vigário foi o padre Domingos Ramos. Em abril de 1758 iniciou-se a construção de um rego, denominado Saia Velha, para facilitar a garimpagem. O rego tinha 42 quilômetros de extensão e foi feito em dois anos por milhares de escravos negros.

O primeiro núcleo de povoamento já era chamado de Arraial de Santa Luzia em fins do século XVIII.

No final do século XVIII, a mineração começou a declinar e muitas famílias se transferiram para a zona rural, dedicando-se à lavoura e à criação de gado.

Em Luziânia também foi executado o último homem livre do Brasil antes da abolição da pena de morte. José Pereira da Silva foi enforcado na chácara São Caetano na "Forca da Mangueira", então vila de Santa Luzia, em 30 de outubro de 1861.

Mudança de nome para "Luziânia”. O arraial foi elevado à categoria de vila no dia primeiro de abril de 1833 e à de cidade em 5 de outubro de 1867. Contudo, foi somente a partir de 31 de dezembro de 1943 que passou a se denominar "Luziânia" quando foi criado o decreto-lei estadual nº 8305, de 31 de dezembro de 1943.

Década de 1960 e construção de Brasília. Desde sua fundação, no século XVIII, até 1960, data da inauguração de Brasília, Luziânia não teve grandes marcos. A transferência da capital trouxe um surto de desenvolvimento, beneficiado pela BR-040 e BR-050. Para o rápido crescimento populacional, concorreu a legislação do uso do solo do Distrito Federal, definindo previamente as áreas para expansão urbana, além da especulação imobiliária, levando parte da população da nova Capital a procurar alternativas de localização.




Do PROSSEGUIMENTO da CICLO VIAGEM






Seguimos por uma longa estrada entre lavouras de soja e outros trechos de pastagens...










No km 111, alcançamos uma tríplice maravilha. Duas delas feitas por Deus e a outra, pelo homem.

São as fozes dos encontros dos Rios Corumbá e São Bartolomeu e a grandiosa Ponte da Estrada de Ferro (Ponte da Estrada de Ferro ramal de Brasília construída 1968)...


Dos Trilhos

Da ESTRADA de FERRO RAMAL de BRASÍLIA


O ramal de Brasília foi aberto em 1968 até a estação de Bernardo Sayão, partindo da estação de Roncador-nova. Somente chegou à estação de Brasília no final dos anos 1970.

“Em época da ferrovia ativada” e surgimento da capital do Brasil, a conexão de linhas das Estradas de Ferro Sorocabana, Mojiana e Centro-Oeste e a construção do ramal de Pires do Rio a Brasília, tornou-se possível à ligação ferroviária direta entre Santos SP a Brasília DF. A extensão do percurso é de aproximadamente 1.300 km.

Nos anos 70, “No sentido Brasília - Santos, as cargas constituir-se-ão na maior parte por produtos agropecuários da região (arroz, feijão, milho, gado bovino e suíno, produtos avícolas, etc.), e no sentido Santos - Brasília, por produtos manufaturados de que São Paulo fornece 80% do total consumido nas regiões atingidas pela ligação ferroviária em questão.”


Do PROSSEGUIMENTO da CICLOVIAGEM








Depois de admiramos essas maravilhas. e passar pela Estação 88, seguimos adiante, já sabíamos que pedalaríamos 60km entre Rio Corumbá e a Estrada de Ferro(nos municípios goianos de Luziânia, Orizona e Pires do Rio), todavia, a pretensão no primeiro dia era percorrer desses 60km, só 33km.... e alcançarmos os 145k m programados.....mas....
Mas só percorremos 15km....


Dos ALERTAS!!!
001 - Aqui fica um alerta: caso encontre água (mesmo corrente) entre a Estrada de Ferro e o Rio, a evite consumir, pois é provável que quando ela passe pelos túneis ou manilhas debaixo da Estrada de Ferro venha a ser contaminada por fezes de morcego (esse alerta veio de pescadores da região - CASO NECESSITE É RECOMENDADO PEGA A ÁGUA ANTES DELA PASSAR POR ESSES CANAIS);




002 - Aqui fica uma observação: 99% dos mata-burros (em porteiras e pontes)encontrados são na verdade, mata-bikes (as ferragens ou madeiramentos estão posicionados de forma linear ao sentido da estrada);


003 - Fica observado que do Bar Manelão (área Rural de Luziânia) a Pires do Rio cerca de 148km é desprovido de apoio em comércio;


004 - tendo como marco zero km a Ponte da Estrada de Ferro, a 16km e a 126km da divisa do Distrito Federal tem 4 residencias com moradores e um galpão de oficina desativado (de propriedade do Senhor Cláudio) nesse local pode encontrar água potável, mas in-natura, 


como também, caso esteja muito adiantada a luz do dia, o galpão entra no Plano "B" de acampamento 

 A Estação atualmente está ocupada por um morador local
no km 33 (com relação a ponte da Estrada de Ferro) e a 145,5 (metade da ciclo viagem)da Divisa do Distrito Federal tem moradores e algumas casas... pelo Plano "A" é o local ideal para acampar na estação abandonada pela empresa ferroviária e ocupada por um senhor (nela tem água e luz) e obteve-se a informação que 3 ciclistas já acamparam (armando suas barracas na área externa)com a autorização do morador (nesse local NÃO TEM NENHUM TIPO DE COMÉRCIO) o ciclo viajante tem de está AUTO MUNIDO DE ALIMENTOS E MATERIAL DE CAMPING; 



005 - ainda com referencia a Ponte da Estrada de Ferro, no km 50 ( depois da Cachoeira Lamarão Rio Corumbá)a estrada foi interditada por 500m por um fazendeiro (caso passa por lá e seja impedido (é bom ter o plano B),todavia eu passei na parte interditada dos 500m, tive de atravessa um riacho e três cercas, pedalei por mais 500m em um corredor passei um colchete e voltei a girar na estrada livre;




006 - Km 52, de referencia da Ponte da Estrada de Ferro, logo que atravessa os trilhos, tem a esquerda uma casa ( com morador) é hiper importante rebastecer a água nesse local (principalmente se usou o plano "B",com relação ao pernoite do primeiro dia);

007 - nos 60 km da Estrada de Ferro e do rio Corumbá tem algumas dezenas de casas de pescadores, mas todavia, esses locais apresentam desabitados (aparente só é usado para pescarias... então desconsidere o apoio nesses locais).



Da BELEZA do CAMINHO
















O caminho é belo, em boa parte, dentro da Fazenda Mata Grande, é pouco transitado, em alguns pontos com muitos vestígios de dragas de extração de areia (desativadas) e algumas dezenas de cabanas de pescadores (desabitadas)...












A geometria da trilha nesse lugar apresenta dezenas de subidas e decidas curtas com muitas curvas (tendo uma altimetria de ganho de subida relativamente forte nos acúmulos), não tem nada linear que chegue a um quilometro, do lado direto linha férrea, montanhas e mata fechada, do lado esquerdo, o curso do Rio Corumbá e do outro lado da margem do rio em alguns pontos pode se mirar ou pouco além de um quilometro, passamos por duas entradas de tuneis da linha férrea. Como se pedala dentro de um vale é sempre bom parar em pontos altos e apreciar a região em todos os ângulos, o curso do rio é uma atração ímpar.




Por volta das 16h, às chuvas que sempre conseguíamos deixa-las as nossas retaguardas, uma delas nos alcançou, pedalamos sob ela mais uma hora e entramos em consenso, que não alcançaríamos nosso objetivo (os 145km do primeiro dia) com a luz do dia, só tínhamos a certa que lá teria uma estação de trem abandonada...




Do ABRIGO

Bom!!!




No km 126, (ou km 15 da ferrovia depois da ponte da Linha Férrea) chegamos a uma área de uma draga (desativada já há anos), mas ali, atualmente, moram 4 famílias em pequenas casas.

Conversamos com os familiares do Senhor Cláudio e posteriormente com ele...


Então!!!

Ali conseguimos uma área coberta de uma oficina (desativada), lá tinha uma torneira com água e não tinha energia elétrica (e mesmo se tivesse, não nos resolveria, pois na localidade já estava por 2 dias sem luz)...
Tudo que eu resolvi transportar na bicicleta ali vim a utilizar (não carreguei nada em vão)...

Mas de cara vendi meu banho (risos)...





Da ALIMENTAÇÃO








Fizemos a jantar (macarrão talharim, atum, peito de frango assado e sopa solúvel e como sobremesa doce de leite), depois, um cafezinho (da hora);

Providenciamos a fervura da água para consumir no dia seguinte;

Muita conversa boa, risadas e história de humor (ALIMENTO da ALMA e do BEM ESTAR);

E!!!




Da DORMIDA



Dentro do excelente humor do Duo ciclo viajantes, resolvemos batizar o local assim:

“FAZENDA MATA GRANDE - POUSADA GALPÃO OFICINA - SUITE 608D”...

Acomodamo-nos na parte mais chique da suíte (tablado do assoalho da carroceria de um caminhão Mercedes Bens modelo 608D) , onde adormecemos até as 5h do dia seguinte...





SEGUNDO DIA


Do DESPERTAR, CAFÉ da MANHA, ORGANIZAÇÃO das TRALHAS e PARTIDA




Em 7 de janeiro de 2018, às 5h, despertamos, começamos a arrumar a tralha, fazer o café, nos alimentar e prosseguimos na finalização das acoplagens de tudo na bicicleta, momento que por descuido um cachorro pegou uma peça de fixação da filmadora e sumiu, mas di boa (um tempo depois, um dos moradores a achou uns 300m de onde estávamos e nos devolveu...) fizemos uma oração e ao partir, o pneu dianteiro da bicicleta do Raphael estava furado....

bom... resumido,

acordamos às 5h e só conseguimos partir às 8h25...






Às 8h25, saímos da Pousada Galpão com o objetivo de dormirmos na cidade de Pires do Rio a 77km (sendo desses, mais 45km entre o Rio e a Linha Férrea).







No km 145,5, (ou km 33 da ferrovia depois da Ponte da Linha Férrea), ÀS 10h27, depois de exuberantes paisagens e dos sobem e descem constantes (mas tudo relativamente curtos) alcançamos a estação do trem Engenheiro Amorim.





Da ESTAÇÃO ENGENHEIRO AMORIM


Local ideal para pernoitar no primeiro dia, por ser a metade da trilha, facilidade de usar o plano B, encontrar um abrigo seguro – PORÉM, nessa localidade não existe nenhum tipo de comércio.

A estação de Engenheiro Amorim foi inaugurada no ramal de Brasília, em 1968.

É acessível a partir da cidade de Orizona.

As residências de funcionários hoje são utilizadas por terceiros.

Nesta estação também existe um terminal particular para o embarque de areia, extraída do rio Corumbá, pela firma Lemos S.A.

A estação está abandonada, porém no local ainda existe um alojamento de funcionários, hoje utilizado pela FCA.


No local também existe uma ponte rodoviária BR 457 de concreto sobre o rio Corumbá, de grandes dimensões.

Nesse local, conseguimos água gelada.




Do PROSSEGUIMENTO da CICLO
VIAGEM


A partir da Estação Engenheiro Amorim, os sobem e descem ficaram menos acentuados e o giro ficou um pouco mais leve, a é estrada bem mais isolada do contato humano.



Em um ponto qualquer desse caminho vim a refrescar a bunda em uma compra de terreno alagada... (risos)...



No km 158, as corredeiras do Rio Corumbá são forte, vindo a forma uma cachoeira conhecida como: Lamarão... (nome da fazenda onde está localizada)...



NO KM 160,5 SE PEDALA COM A LINHA FÉRREA E O RIO A SUA ESQUERDA.

Da INTERRUPÇÃO da ESTRADA de CHÃO (ORIGINAL) do PERCURSO MARGEADO DA FERROVIA


!!!ATENÇÃO!!!

NO KM 161 AO KM 161,5, UM FAZENDEIRO INTERDITOU A PASSAGEM DA ESTRADA PRÓXIMA A LINHA FÉRREA, DESTRUINDO DOIS MATA-BURROS,


TODAVIA AINDA EXISTE A ESTRADA QUE PASSA POR UM PASTO,


ONDE PULAMOS 3 CERCAS EM 500M E ENTRAMOS EM UM CORREDOR POR MAIS 500M, LOGO QUE ALCANÇAMOS 1KM (ENTRE 161 AO 162)...


ENCONTRAMOS UM COLCHETE E VOLTAMOS A PEDALAR NA ESTRADA SEM NENHUM OBSTÁCULO PELA FRENTE...


(ENTÃO NO KM 161, QUEM POR AVENTURA FOR NESSA TRILHA E TIVER MEDO DE TRANSPOR ESSA INTERDIÇÃO TEM UMA ENTRADA QUE SEGUECOM TRANSITO LIVRE, É BOM NESSE PONTO MONTAR O PLANO “B”)...



Do PROSSEGUIMENTO da CICLO VIAGEM

No km 163, logo após passar a Linha Férrea para transitar entre ela e o Rio, tem uma casa a esquerda,





Da IMPORTÂNCIA em REABASTECER a ÁGUA

É HIPER IMPORTANTE PEDIR ÁGUA NESSE LOCAL, pois irá demorar achar algum ponto de água a frente.




No km 170, irá encontrar uma estação abandonada...

(SERIA O PONTO DE RETORNO DO PLANO “B” PARA O PLANO “A”, caso de opção realizada no km 161).




No km 171, irá encontrar 3 porteiras e uma passagem subterrânea sobre a linha férrea, nesse ponto termina a parte da trilha entre o Rio e a Linha Férrea...


Da MAGIA desse TRECHO

Cada ser tem a magia de encontrar a beleza na natureza e em seus caminhos, AVETURANTES EM TRILHAS, LHES FALO QUE NESSES 60KM, VOCÊS IRÃO PEDALAR 95% EM TOTAL PAZ E SILÊNCIO,

TALVEZ OS 5% DE ALGUM RUÍDO HUMANO SEJA PROVOCADO PELO DESLOCAMENTO DE ALGUMA LOCOMOTIVA,

TERÁ RAROS ENCONTROS COM SEU SEMELHANTE (ou não) E

TALVEZ NO KM 161 ATÉ KM 162 SEJA UM POUCO TENSO (ou não), ALGUÉM FALE UM PSIU OU UM PUXAM DE ORELHA, MAS NADA QUE VENHA QUEBRA TODA ENERGIA ACUMULADA ANTES,

ENCONTRADA NAS SINFONIAS DOS CANTOS DOS PÁSSAROS, ORQUESTRADA PELO CAMINHOS DAS ÁGUAS E MAESTRINADA PELO MOVIMENTO DAS FOLHAS DAS GRANDES MATAS...

FICARÁS ISOLADOS DAS REDES SOCIAIS E DE CONTATOS TELEFÔNICOS,

MAS SUAS RETINAS IRÃO COMPENSAR COM REGISTROS HIPER MÁGICOS DESSA BELA NATUREZA CRIADA POR DEUS...









Do PROSSEGUIMENTO da CICLO VIAGEM

Bom!!!

 "Dizem que se quer saber como é o caminho, deixa o primeiro passar"
 É o primeiro passou de boa e eu descuidei, aí comprei lama... ao pedir ajuda, ainda ouvi: "Tá refrescando aí jovem"....  (risos)




No km 177, o tempo deu uma engrossada, parecia que iriamos enfrentar uma chuva torrencial, todavia, Deus a fez cair pelo caminho que há pouco tínhamos percorrido e só deixou para nós uma chuva bem fraquinha, mas que foi muito providencial, pois, eu (Náufrago 171) estava em pane seca e com muita fome, onde a água empossada parecia suco de maracujá, eu a colhia e saciava minha cede, assim enquanto esperava o companheiro vencer os 3K de subida, eu também enganava a fome comendo alguns talos do capim braquiária.

(JOVENS AS VACAS SÃO ESPERTAS, O TALO INTERNO DO CAPIM É BEM DOCINHO) é o que a fome faz???? (risos)...










Daí a frente passa-se a ver mais amplo o horizonte, deslocar por lindas pastagens com dimensões grandiosas em horizontes aqui distantes, com rebanhos de gados de corte e leiteiro (se der sorte, provavelmente quando algum rebanho o encontra passa a lhes acompanhar com belos trotes).. é bonito de se ver. Passa-se perto de sede de fazendas habitadas e outras muitas, desativadas. Já perto da cidade de Pires do Rio passa sobre a ponte do Rio Piracanjuba, a paisagem do lado esquerdo é muito bela...


No centro da cidade de Pires do Rio se encontrar alguns hotéis e muito ponto de alimentação (ficamos no Hotel Real, preço justo, café da manha bacana, local para guarda as bicicletas seguro).





Das CIDADES IV


Pires do Rio GO
Pires do Rio é conhecida por ser uma das cidades mais frias de Goiás, possuindo um clima tropical semiúmido sendo quente na primavera e verão e ameno no outono e inverno. No inverno as temperaturas mínimas podem despencar para menos de 5°C, ocasionando geadas.

Foi fundada em 1922 à margem da ferrovia. Seu nome foi dado em homenagem ao Ministro de Viação e Obras Públicas do Governo Epitácio Pessoa, José Pires do Rio.

Pires do Rio, possui o único museu ferroviário do estado e o 5º do gênero no país. A cidade nasceu com a construção do entroncamento ferroviário que ligou a Ferrovia Centro Atlântica (FCA) ao porto de Santos/SP. A cidade possui uma ponte histórica, sobre o Rio Corumbá, a ponte Epitácio Pessoa, que foi importada da Europa possuindo características arquitetônicas da época. Tempos depois foi substituída por uma ponte de concreto, mas, a ponte de ferro ainda continua no local original, abandonada pelas autoridades públicas, que não a restauram. Nos dias contemporâneos, já se executa o ligamento desta ferrovia à Ferrovia Norte-Sul, visto que a malha ferroviária termina em Anápolis, onde será ligada àquela que se constrói desde o Governo do Presidente Sarney. Pelos trilhos da cidade de Pires do Rio passaram grande parte dos materias que construíram Brasília e Goiânia. A microrregião de Pires do Rio é conhecida como região da estrada de ferro.




TERCEIRO DIA

Em 8 de janeiro de 2018, Eu (Náufrago 171) acordei às 5h30 – conforme o combinado com o parceiro, pois pretendíamos partir às 7h...



Às 6h30, passei no quarto do Irmão e ele estava com um desarranjo intestinal e com dúvida de segui a trilha... tentei converse-lo em seguir por alguns minutos... mas só logo após nos alimentamos com o café da manhã o Raphael se decidiu em avançar na trilha... fizemos uma oração e partimos às 8h...



(deixamos parte das tralhas no hotel para posterior resgate).




Passamos na Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus e seguimos por 19km (em asfalto GO 309, já usando o plano “B”).

O Plano "B" veria se encontra com o plano "A" na base da Cachoeira Maratá, o plano "B" por rodar 19km em asfalto e diminuir 10km no plano "A" poderia facilitar  o trajeto um pouco para o Raphael... 


Todavia, a partir do km 19 ou do acumulado km 222 iriamos entra na trilha em direção a Cachoeira Maratá e seguiríamos a trilha por estrada de terra batida até a cidade de Caldas Novas.


Do BOM SENSO

Nesse ponto o companheiro Raphael informou que ainda estava com o desarranjo intestinal e que pretendia seguir por asfalto os últimos 50km da ciclo viagem... Como meu câmbio traseiro estava já algum tempo apresentando pane...

Eu e o Raphael entramos em um acordo usando o BOM SENSO....

Da interrupção do tracklog na entrada de acesso a Cachoeira Maratá

Eu encerrei o tracklog (parte I) por estradas de chão nesse ponto COM 222KM.

Acionei o plano “C” para a parte final por asfalto, criando o tracklog (parte II) por via asfalto COM 49KM. .



Dos Links dos tracklogs:


Parte I (só chão) 222km




https://connect.garmin.com/modern/activity/2426539121




Parte II (asfalto) 49km



https://connect.garmin.com/modern/activity/2426539520



Da DETERMINAÇÃO

Ficando determinado por mim, que irei posteriormente concluir o percurso a partir da Cachoeira Maratá até Caldas Novas só por estradas de chão batido.




Da CHEGADA






Chegamos a Caldas Novas às 15h20, EM 8 DE JANEIRO DE 2018, onde em frente a Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores, nós elevamos nossos pensamentos a Deus e agradecemos por ter nos protegidos...







Concluímos a Ciclo viagem Gama DF a Caldas Novas GO com 271km.




Com fé, determinação, foco, força, persistência, apoio, coragem, bom senso, todos nós somos capazes de sempre chegar a algum lugar desejado, os passos iniciais se progridem em grandes lances, na medida do avanço, até poderão se cadenciar, mas jamais pararem pelo meio. Assim foi a conclusão dessa ciclo viagem, saímos da cidade do Gama Distrito Federal e chegamos à cidade de Caldas Novas Goiás no tempo em que DEUS nos permitiu....




Do Agradecimentos

DEUS, aqui, registramos nossa gratidão.
A todo instante estávamos certos que o SENHOR conduzia nosso meio de locomoção, nos livrava dos perigos, nos providenciava conforto em nossa jornada. DEUS, Obrigado.


A todos os colaboradores:

Claudio Marcio Marques e Reginaldo Moronte) que repassaram tracklogs e sugestões de trilhas na região de Pires do Rio e de Caldas Novas, dos quais, tracei caminhos sem medo de obstáculos.



A todos os apoiadores:

José Carlos Magalhães em caso de resgate emergencial no primeiro dia;

Marcela e Adão resgate no término da Ciclo Viagem..



Raphael por disponibilizar estada em Caldas Novas e seu carro no resgate no final da trilha.


Do Depoimentos

Raphael Machado

Essa foi uma experiencia muito boa para mim, que fico até sem palavras para descrever o quão boa foi, aprendi bastante, e o melhor foi fortalecer minha amizade com um grande amigo que Deus me deu de presente, na verdade amigo e irmão Náufrago 171,uma pessoa de coração bom e parceiro para varias outras aventuras e ciclo viagens. Passamos fome juntos, mais também passamos momentos de diversão e adrenalina. apesar da viagem ter sido cansativa para o corpo, foi relaxante para alma e para mente. não vejo a hora de fazermos a próxima. Aclécio Souza você tem que estar na próxima junto com agente.


ATÉ A PRÓXIMA PEDALADA...





FIMMMMMMMM

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